A caminho da cura da leishmaniose visceral canina

O grupo de pesquisa liderado pelo professor Frédéric Frézard, da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), está desenvolvendo um novo tratamento para curar cães com leishmaniose visceral. Utilizando inovadoras ferramentas de nanotecnologia, os pesquisadores criaram cápsulas minúsculas, em escala nanométrica , capazes de carregar o medicamento que mata o parasita, até os locais afetados pela doença no organismo do cão. Essas cápsulas, conhecidas como lipossomas, por serem compostas por lipídios, absorvem o medicamento e o transportam, principalmente, para o fígado e para o baço dos animais por meio da circulação sanguínea. Esses órgãos têm muitos macrófagos, células onde os parasitas se alojam, que capturam o lipossoma e liberam o medicamento encapsulado, exatamente onde está o parasita. Além de criar esses lipossomas, os pesquisadores fizeram alterações em suas características para aumentar a ação do medicamento.